Com o intuito de ludibriar vítimas, a criminalidade procura cada vez mais usar disfarces engenhosos. Por isso, é importantíssimo ficar atento às novas artimanhas. No início de junho, uma quadrilha instalou uma escuta telefônica na linha de uma residência na Vila Amorim, em Suzano, e assim descobriu que a família guardava cerca de R$ 20 mil em casa. Como o telefone aparentava estar com defeito, um dos familiares ligou para a Telefônica pelo número 10315, sem saber que a linha estava "grampeada". Os bandidos interceptaram a ligação e agendaram "visita técnica". Na hora do almoço surgiram dois homens dizendo-se técnicos, usando macacões característicos, até com o logotipo da Telefônica. No momento em que a entrada foi franqueada, os marginais sacaram de armas e obrigaram a vítima, de 60 anos, a revelar onde escondia o dinheiro. Entrei em contato com a Telefônica; fui informado que seus funcionários não tem autorização para adentrar em casas ou prédios de clientes, pois os reparos são externos. É de bom alvitre, antes de permitir a entrada de supostos técnicos de empresas prestadoras de serviços públicos ou particulares, confirmar as identidades, ligando para a central de atendimento das empresas. Recentemente, uma comerciante do centro de Suzano me ligou narrando o seguinte golpe. Apareceu em seuestabelecimento um homem de meia idade, bem aparentado, dizendo ser funcionário de seu contador. Como a micro empresária nunca tinha visto tal pessoa, ficou um pouco ressabiada. A pessoa apresentou guia Darf no valor de R$ 250,00, preenchida com os dados da empresa, que deveria ser paga imediatamente. A comerciante alegou que não tinha a quantia no momento, mas o homem insistiu para que ela fizesse um cheque. Em dúvida, a comerciante pegou o telefone para ligar para seu contador. Nesse instante o tal funcionário desapareceu da loja. O contador desmentiu a cobrança e ficou surpreso com o golpe engendrado utilizando seu nome. Amigo leitor, a palavra de ordem é desconfiar das pessoas desconhecidas que surgem em sua casa, prédio ou empresa. Jamais permita a entrada ou faça qualquer pagamento, sem antes ter absoluta certeza da idoneidade de quem bate na sua porta.
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