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O REAGE SP destaca-se como o Movimento de Segurança mais abrangente do Brasil, caracterizado pela aplicação de uma diversidade de metodologias inovadoras.

O MOVIMENTO REAGE SP se propõe a cobrar atitudes das autoridades competentes no sentido de coibir, de reagir contra a atual e insuportável situação de violência a que o paulistano e todo o povo brasileiro tem vivido em seu cotidiano.

 

Nosso movimento nasceu pelo clamor popular, para atender ao grito das vítimas da criminalidade. Representamos a comunidade amedrontada, assustada, indignada, vitimada, desorientada face à lenta e, por vezes, insuficiente resposta dos órgãos públicos repressivos, dos julgadores e legisladores.

 

As pessoas que moram, trabalham e visitam a cidade de São Paulo não podem ficar à mercê do crime pela letargia e falta de instrumentos legais das instituições que deveriam atuar em nome do povo e para o povo. Agora não mais; AGORA NÓS DO REAGESP ESTAMOS AQUI.

 

O paulistano sempre se orgulhou de sua cidade. Morar em São Paulo era um privilégio. Uma cidade progressista, segura e com ares de capital europeia. A arquitetura se comparava às melhores do mundo, sua gastronomia se destacava, os monumentos cintilavam por toda parte, o ambiente cultural nada devia a qualquer das melhores metrópoles do planeta. Teatros em toda parte, galerias, avenidas monumentais, escolas com bom nível de ensino e muita paz social.


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E onde estavam situados os ícones de nosso desenvolvimento vanguardista? No centro da cidade, é claro. Lá foi construído o Teatro Municipal, palco de grandes espetáculos; um dos monumentos raros do mundo. Lá também está a Catedral da Sé, o majestoso Othon Palace hotel, que infelizmente fechou devido à degradação da área central por causa dos usuários de drogas; ainda habitavam grandes restaurantes, magazines e o melhor de tudo..., o povo estava lá, a pauliceia era de todos nós.

 

E agora, qual é a nossa realidade? Infelizmente, o sonho dourado tem se tornado pesadelo para muitos. O cidadão de bem se sente oprimido, cada vez mais recluso em sua casa ou apartamento, porque está com medo da violência urbana.

 

Quem viveu os anos 60, 70, 80, 90 e ainda mais perto, conviveu no centro. Era normal famílias saírem dos cinemas da avenida Ipiranga, da São João ou do largo Paissandu e jantar nas redondezas, permanecendo até meia-noite ou mais nas ruas da ex-segura São Paulo. Os notívagos se alongavam madrugada à dentro até o amanhecer. A boemia paulistana era uma referência em todo Brasil. Atualmente, a noite paulistana encontra-se às moscas, principalmente na região da Cracolândia e bairros adjacentes.

 

Tudo mudou, nada de bom ficou. Agora impera o medo; medo de sair de casa e também o medo de ficar em casa, pois a qualquer momento nosso lar pode ser violado por criminosos. Medo de levar os filhos para a escola, medo de sair às compras, medo de entrar num ônibus para trabalhar ou trafegar com carro pelas ruas, pois que, cada esquina pode ser uma emboscada. É preciso se enclausurar, se enjaular e rezar para que um milagre aconteça e se sobreviva mais um dia. Chegamos ao ponto de agradecer quando nos poupam a vida em um assalto. “Ah, que bom ladrão, pessoa caridosa, me deixou viver!!!”

 

O MOVIMENTO REAGESP se inspirou em situações como essas ao ser criado. Agora teremos uma voz forte e decidida pois lutaremos em grupo; vamos resgatar nosso espaço, nossa casa e a segurança para nossas famílias. Precisamos REAGIR à inoperância dos poderes municipal, estadual e federal. Não aguentamos mais desculpas; chega de um órgão colocar a culpa no outro. Queremos ação, resultados!

 

São Paulo foi criada com muito esforço, com o suor e competência por nossos avós, bisavós e tantos outros antepassados que sonharam que seus filhos, netos e bisnetos vivessem com suas famílias num lugar bonito, em paz e com progresso. Infelizmente, pouco a pouco, a marginalidade vem tirando nossas liberdades e sequestrando nossos sonhos. Até a dignidade e o amor próprio nos é negado em prol da defesa dos "direitos dos marginais", escudados em uma legislação leniente e, por vezes, na indulgência da toga.

 

O poeta Eduardo Alves da Costa, em 1968, escreveu o poema abaixo e que retrata a realidade nua e crua que estamos vivenciando nos últimos anos na nossa querida São Paulo. “Na primeira noite eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim. E não dizemos nada. Na segunda noite, já não se escondem: pisam as flores, matam nosso cão, e não dizemos nada. Até que um dia, o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E já não podemos dizer nada”.

MOVIMENTO REAGE SP Fábio Ruas Coordenador

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